Sucede que há coisas às quais não se pode fugir e deparo-me agora com um novo problema de saúde que me tem ocupado o cérebro e minado a determinação ou, pelo menos, a estamina. Ontem o meu médico confirmou finalmente que tenho aqui dois corpos estranhos a crescer e que terão que ser cirurgicamente removidos.
O último mês estive fortemente medicado na esperança que fosse apenas uma infecção nos seios perinasais, tomei o pior antibiótico da minha vida (cefuroxima) que me deixou bastante combalido, com dores, tonturas, dificuldade de concentração, náuseas e vómitos e este eliminou a infecção mostrando que tenho um quisto no maxilar superior que já me preencheu a face direita até quase à cavidae ocular e que já está agora a ocupar parte da cavidade nasal, daí a minha dificuldade em respirar - que atribuí inicialmente ao regresso da minha asma, readognisticado em Fevereiro deste ano.
No maxilar esquerdo tenho um segundo quisto a crescer, este ainda em fase muito inicial. Ora bem, pesando 140kg e estando nós em plena pandemia, tenho mais receio dos problemas cardíacos que uma anestesia possa causar no decorrer da operação e de contrair Covid-19 do que propriamente em retirar estes passageiros indesejados.
A operação será adiada enquanto eu conseguir dormir e respirar normalmente, "depende da sua qualidade de vida actual" nas palavras do médico e a verdade é que não é das melhores, só consigo dormir decentemente inalando cortisona, contudo prefiro mesmo aguardar que esta segunda vaga atenue antes de ser operado.
Excusado será dizer que para já não tenho mesmo qualquer estado de espírito para estar a conduzir entrevistas, a traduzir ou a redigir textos e a fazer revisão dos que recebemos, a revista ficará para depois do recobro. Vamos regredir para mero formato blogue enquanto durar esta situação, lamento imenso.
Flávio Gonçalves
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