Mostrar mensagens com a etiqueta Sobrevivencialismo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Sobrevivencialismo. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Liberta-te à tua maneira!


Tradução de How to Make it Your Way, © Mother Earth News | Janeiro/Fevereiro de 1970, traduzido sob expressa autorização. 

O ar está cheio de porcarias, a água tem um sabor estranho, e o trabalho das nove às cinco é uma seca. Estás farto do metro, dos dejectos de cães nas ruas, do trânsito caótico e dos jantares de plástico à frente da televisão. Talvez as ecoaldeias — com todo aquele ar puro, sol, amor e pão caseiro — estejam realmente a viver algo de especial.

Mas como é que se faz isso? O "Turn On, Tune In, Drop Out" de T. Leary é um sentimento nobre... mas não apresenta propriamente um plano pormenorizado. Será que é mesmo possível mandar o chefe para o diabo que o carregue, erguer a cabeça e ir embora como um homem livre... sem morrer de fome?

Claro. É fácil. A aldeia electrónica global é agora! Exactamente como McLuhan, Theobald e Bucky Fuller nos lembram constantemente. Já ninguém precisa de viver em segunda mão. O mundo da escassez material está morto. Viva a Energia Livre. O tempo e o espaço agora são moldáveis, e a vida é exactamente aquilo que fazes dela.

Resumindo, há duas maneiras de viver: (1) Jogar "o jogo." Tentar ganhar dinheiro primeiro e — assumindo que o consegues obter — comprar o tipo de vida que desejas. Ou, (2) livrares-te das amarras, criar já a tua própria cena, e deixar que o problema do dinheiro se resolva por si mesmo.

Se tens algum dinheiro, óptimo. A tua escolha inicial pode ser um pouco mais ampla. Se não tens dinheiro, não te preocupes. Isso não limita o teu estilo de vida. Além disso, podes facilmente ser pago para fazer exactamente aquilo que já queres fazer. Não importa se os "Bons Tempos" para ti significam regressar à terra ou se tens aspirações a, digamos, andar em digressão com uma banda famosa. As duas opções são fantásticas e possíveis. Eu já fiz ambas as coisas e outros estilos de vida pelo meio. E tu também o podes fazer.

Por exemplo, esta ideia de "regressar à natureza" actualmente é muito popular e está a ganhar força. Suponhamos que queres entrar nessa onda, mas que tens pouco ou nenhum dinheiro. Bem, independentemente do que "eles" te dizem, é possível. A terra não está toda ocupada.

Como Bradford Angier nota no seu livro Como Viver no Mato Por Uns Cêntimos,  existem vastas áreas de natureza intacta e praticamente desabitada espalhadas pela metade superior deste continente. É um território "onde a carne ainda se caça de graça, há peixe para pescar, frutas e vegetais para colher, combustível para cortar, e se tem uma casa pelo prazer de a construir." Angier fala-nos da sua experiência em primeira mão de ter criado raízes na Colúmbia Britânica, a província mais ocidental do Canadá.

E toda aquela terra vazia no Alasca e no Canadá? É realmente gratuita? Bem... tecnicamente, não. Supõe-se que devas pedir uma licença para ter uma quinta ou algo do género, pagar uma taxa média de entre um a cinco dólares por acre, e incluir o teu nome nos registos fiscais.

Mas isso é uma chatice, então por que não fazer o que os colonos sempre fizeram na fronteira: ocupar a terra. Alguns quinteiros com quem falei na Colúmbia Britânica recomendam-no. Basta consultares um mapa da área para evitares invadir terras já ocupadas, aventurar-te no mato, escolher um local e construir a tua cabana. Se alguém algum dia quiser comprar ou arrendar o teu terreno, terás, como ocupante, direito de preferência para adquirir o título de propriedade. Então, para quê preocupares-te já com a burocracia?

Já agora, nem o Canadá nem o Alasca são só gelo e neve. Cai menos neve no Sudeste do Alasca do que anualmente em Chicago. As hortas no extremo norte são fantásticas, com couves do tamanho de bacias de lavar roupa, e alguns frutos silvestres crescem tão densamente que são considerados uma praga. As ilhas Rainha Charlotte, ao largo da costa da Colúmbia Britânica, combinam um clima extremamente ameno e o limite legal de se poder caçar um veado por dia, por pessoa, se o teu objectivo for viver dos recursos da terra.

Se queres escapar... mas sem ter de ir tão longe, investiga os milhares e milhares de hectares de terras governamentais espalhadas pelos nossos próprios Estados ocidentais. Podes, na prática, reclamar uma parte como tua, se tiveres um motivo "legítimo". Traduzido livremente, isto significa se pretenderes explorar essa terra de alguma forma. [NDT - esta lei da livre ocupação de terrenos que sejam propriedade pública, ou seja, do governo, ainda se encontra em vigor nos Estados Unidos da América, na Europa os nossos governos agem como se a propriedade estatal fosse privada, conseguimos ser piores que a capital do capitalismo mundial neste aspecto.]

Muito bem. Joga o jogo deles. No Arizona, por exemplo, já vagueei por quilómetros e quilómetros de terra deslumbrante onde podes registrar uma concessão de mineração reconhecida ao inscreveres-te num escritório local e cavando um buraco de 1,20 por 1,80 por 3 metros de profundidade. Naturalmente, depois de provares a existência da tua concessão dessa forma, vais querer mudar-te para a propriedade para a manteres debaixo de olho. Para manteres o terreno, é necessário investir cem dólares em aperfeiçoamentos e pagar alguns dólares de imposto todos os anos.

Uma vez mais, se isto for demasiado trabalhoso, vai pura e simplesmente para as colinas e ocupa a terra. Milhares de outros já o fizeram.

Se o teu objectivo é obter um título legal de terras férteis próximas de uma cidade vibrante... isso também é possível. Não será completamente gratuito, mas podes por vezes adquirir uma quinta abandonada pagando os impostos em atraso. Isso requer alguma investigação e habilidade [NDT - em Portugal recomendamos consultar propriedades que estejam em leilão público, no Portal das Finanças], no entanto, a maneira mais simples é comprar uma pequena quinta familiar que um casal idoso queira vender. Os catálogos da Strout e da United Farm Agency — regularmente anunciados nas secções de classificados de muitas revistas e jornais — listam sempre várias quintas dessas  em todas as partes do país. Algumas podem ser adquiridas por meros quatrocentos dólares como entrada. Ecoaldeias recém-formadas e jovens casais com planos para criar uma propriedade rural estão a adquirir estas quintas a um ritmo cada vez maior.

E depois de conseguires obter o teu terreno, o que fazer quanto a um abrigo? A decisão é tua: deixa a tua imaginação voar!

Leary e centenas de outros estão actualmente na onda de viver como os aborígenes, a viver em tendas indígenas das planícies. Faz sentido, pois, ao contrário das tendas dos brancos, uma tenda indígena bem construída é quente no Inverno, fresca no Verão e capaz de resistir a tempestades de vento que podem destruir uma casa convencional. O livro The Indian Tipi, de Reginald e Gladys Laubin, irá imergir-te na rica tradição deste abrigo prático e ensinar-te a construir um.



Se preferires algo mais substancial, podes construir uma casa moderna ao estilo de casa de quinta por um custo incrivelmente baixo utilizando apenas terra. Existe até um manual de instruções definitivo, Handbook For Building Homes Of Earth, gratuito e disponível através do HUD, Division of International Affairs, Washington, D.C. A estrutura básica custar-te-á pouco mais do que o teu trabalho braçal e, possivelmente, alguns euros para as fundações. Isto supera claramente uma hipoteca de trinta anos ou rendas mensais superiores a centenas de euros. [NDT - em Portugal e no Brasil está disponível o livro Manual do Arquitecto Descalço de Johan van Lengen, a edição em português de Portugal da Dinalivro está esgotada, mas a edição brasileira está disponível nas Bertrand. O livro ensina a construir uma aldeia completa utilizando terra, barro, pedras e madeira.)

Por outro lado, se estiveres a ocupar terras, é provável que por perto haja a cabana abandonada de um caçador ou de um mineiro, para onde possas mudar-te ou cujos materiais possas utilizar para construir um novo abrigo. Se compraste uma quinta, provavelmente já escolheste uma com uma casa habitável e celeiros em condições razoáveis.

Ou, como estão a demonstrar alguns que já largaram tudo para serem livres, podes viver numa estrutura tão moderna como o dia de amanhã, mesmo com recursos limitados: no sudoeste dos EUA, alguns novos pioneiros estão a construir cúpulas auto-sustentáveis a partir dos tejadilhos de carroçarias de automóveis abandonados em sucatas. Este método combina o melhor e o pior da tecnologia moderna num abrigo inovador.

Como os tejadilhos de automóveis podem ser obtidos gratuitamente ou por alguns euros cada, uma cúpula de nove metros de diâmetro pode ser erguida por um valor muito em conta.

Com terra e abrigo garantidos, vais provavelmente querer focar-te na comida, que será de uma qualidade muito superior às opções de plástico que se encontram nos supermercados. Ar puro, luz solar e uma horta onde "frutas e vegetais são gratuitos para se colher" combinam-se naturalmente, tal como os ovos e o presunto da tua própria quinta. Uma subscrição da Organic Gardening transformar-te-á num perito em jardinagem em menos de um ano... e ensinar-te-á sobre galinhas, porcos e vacas também. [NDT - em Portugal o que temos mais aproximado disto é a revista Jardins, onde até colabora um dos membros da nossa redacção.]

Se cultivar os teus próprios alimentos te intimida, ainda podes viver bem colhendo a tua parte das toneladas de alimentos gratuitos disponíveis em cada quilómetro quadrado da América rural. Os melhores guias para esta abundância são os três livros de Euell Gibbons: Stalking The Wild Asparagus, Stalking The Blue-Eyed Scallop e Stalking The Healthful Herbs. [NDT - em Portugal e no Brasil existem várias obras sobre plantas selvagens comestíveis, é uma questão de pesquisares os mesmos em alguma livraria de maior dimensão e, obviamente, no Google.]

Gibbons concretiza regularmente tudo o que escreve, o que vai desde apanhar mel em árvores até colher bagas, vegetais e até mesmo preparar vinho de dente-de-leão e compota de pétalas de rosa.

Mas talvez esta ligação à natureza não te fascine. Suponhamos que adoras o teu apartamento na cidade, que preferes refeições em restaurantes, e que tudo o que realmente precisas para completar a tua vida é viajar, ver novos cenários e explorar lugares distantes. Óptimo. Também podes fazer isso sem dinheiro... e em grande estilo.

Um método cada vez mais popular é através do serviço de entrega de automóveis. Se tens pelo menos vinte e um anos e uma carta de condução válida, podes ir de praticamente qualquer grande cidade para qualquer ponto nos EUA conduzindo um automóvel para outra pessoa. Serviços como a AAACON e a Auto Driveaway tratam de todos os pormenores e anunciam-se nas secções de classificados "Pessoais" e "Transportes" dos grandes jornais.

Talvez tenhas de ajustar ligeiramente a data de partida para conseguir um carro com "combustível pago", mas, quando conseguires, se dormires no carro ou acampares ao longo do caminho, a viagem custar-te-á apenas a comida. É até possível obteres dinheiro suficiente para cobrir todas as despesas e ainda guardares algum no bolso. E lembra-te: terás o uso privado de um automóvel pessoal, algo geralmente caro. Carrega-o com equipamento e esquece todas as complicações com que se debatem os que viajam à boleia. Conheço nomes grandes do rock que ocasionalmente transportam guitarras e amplificadores desta forma. Uma vez, conduzi uma série de três carros de luxo de Nova Iorque até Anchorage, no Alasca, com menos de dois dias de intervalo entre mudanças... e ainda ganhei dinheiro na viagem.

Também podes saborear o romantismo de viajar "à boleia"... mas em aviões particulares ou comerciais. Faço isso há quinze anos; é simples.



Vai até a qualquer aeródromo privado de tamanho médio-grande num dia agradável e posiciona-te perto da linha de voo, da área de estacionamento de aeronaves ou do escritório de operações. Quando vires alguém a dirigir-se para um avião de forma profissional, pergunta se está a ir na tua direcção. Podes apanhar uma boleia de 3.000 quilómetros. [NDT - este texto está extremamente datado neste aspecto, o terrorismo político e religioso fez com que os aeroportos sejam das zonas mais restritivas e vigiadas no nosso tempo, mas é agradável recordar quão simples já foram os tempos noutras eras.] 

"Mas não vou precisar de saber muito sobre aviação?" Não. Os pilotos adoram apresentar os novatos ao mundo da aviação, e a falta de conhecimento pode ser a tua qualidade mais encantadora. No entanto, se te sentires desconfortável em andar pelos aeródromos, podes fazer umas aulas introdutórias de voo de cinco dólares que a Piper e a Cessna oferecem. Caso contrário, veste-te de forma asseada e leva só uma mala muito pequena. Vais conseguir boleias.

Se viajar de avião à boleia não for a tua preferência, que tal ser convidado para um cruzeiro pelo Pacífico Sul, pela Riviera ou até à volta do mundo num iate privado? Sim, parece bom demais para ser verdade. Mas é verdade. [NDT - hoje em dia ainda se recrutam pessoas desta maneira para tripulação de iates, seja por precisarem de alguém por terem tido uma ausência inesperada de um tripulante, por quererem companhia ou até, se tiveres experiência, para ires entregar um barco. Nos Açores ainda é comum encontrarem-se pedidos deste género nos anúncios dos jornais locais ou em folhas afixadas em bares frequentados por iatistas, como o mítico Peter Café Sport.]

Vai a um porto de iates. Quanto maior, mais luxuoso e mais glamoroso, melhor. O Ala Wai Basin, junto à Praia de Waikiki em Honolulu, funcionava magnificamente para mim, e amigos que viajaram pela Europa dizem que os pontos de escala mais caros ao longo do Mediterrâneo são fantásticos. Se estiveres nos Estados Unidos continentais, encontra a cidade costeira mais próxima com uma cena náutica extensa e dirige-te para lá.

Anda pelos ketches, escunas e yawls de pelo menos doze metros de comprimento. Se estiveres vivo, a respirar e fores capaz de te manteres de pé, deves receber duas ou três ofertas de cruzeiro por semana. Um aviso de "procura-se boleia" no quadro de anúncios do porto pode desencadear uma procura pela tua pessoa.

Porquê? Porque muitas pessoas ganharam muito dinheiro recentemente, e grande parte desse dinheiro foi gasto em iates de luxo. Afinal, além de um Learjet, o que mais existe como manifestação de puro prestígio? Por outro lado, é preciso uma tripulação para navegar um desses barcos, e as tripulações são caras e difíceis de encontrar, a menos que... a menos que se encontre alguém disposto a ir até ao Rio, Cidade do Cabo ou Taiti com tanto entusiasmo que aceite ajudar a tripular o barco em troca da viagem, das refeições e — talvez — cinquenta euros de bónus. E é aqui que tu entras a bordo.



Portanto, sim, é possível libertares-te... mas de onde virá o dinheiro? Podes realmente fazer exactamente o que queres e ainda conseguir ganhar dinheiro? Absolutamente. Na verdade, é mais provável que ganhes grandes quantidades de dinheiro se estiveres alegremente em sintonia contigo próprio.

Esta é a era da Informação Electrónica. Qualquer conhecimento que tenhas é uma mercadoria comercializável. Vai onde a tua curiosidade te levar. Desenvolve as habilidades e cultiva os interesses que queres ter. Depois, troca esse conhecimento especializado pelo dinheiro que outros estarão ansiosos por te oferecer. [NDT - temos o exemplo de milhares de nómadas digitais, criadores de conteúdos que ganham a vida a gravar as suas viagens, idas a restaurantes, o seu estilo de vida na quinta, a construir coisas e, com destaque para o Brasil, a ensinar a terceiros a arte e a liberdade do estilo de vida sobrevivencialista. Em Portugal destacamos o Project Kamp, em que um grupo de jovens ecologistas em poucos anos já conseguem angariar dezenas de milhar de euros no seu canal e em campanhas de crowdfunding.]

Bradford Angier retirou-se para uma cabana remota nas Montanhas Rochosas canadianas... e fez uma pequena fortuna a escrever sobre isso. A minha companheira adora cavalos ingleses de sela. Sabe tanto sobre eles que agora consegue dar aulas a dez alunos ao mesmo tempo, cobrando cinco dólares a cada um. Eu gosto, de entre todas as coisas, de construir pequenos aviões caseiros para uma ou duas pessoas, que se constroem em casa, e consigo um rendimento acima da média em consultoria com informações sobre isto.

Vai para onde queiras estar e aproveita a percentagem de conhecimentos gratuitos que lá existirem. Passado algum tempo, serás considerado uma autoridade num qualquer assunto, um artesão ou — no mínimo — uma referência na tua área de eleição. Quando o dinheiro começar a aparecer, terás a tua parte.

E também vais conseguir obter algumas recompensas inesperadas e suculentas. Como uma digressão de dois meses pela Europa, com todas as despesas pagas mais salário, ao lado das pessoas que amas. Aconteceu comigo, e tudo porque gostava de música folk quando esta estava em alta e passava muito tempo nos cafés onde esta era tocada. Gradualmente, fui conhecendo — e criando uma relação próxima — com vários músicos. E, como eu era praticamente o único no grupo que não actuava, adivinha quem foi a escolha lógica quando os Bitter End Singers precisaram de um gestor de digressão para a sua viagem europeia? Exactamente.

E a moral da história é simplesmente esta: podes sair da gaveta onde "eles" te querem manter, e podes viver exactamente a vida de sonho que desejas. Basta fazê-lo.

Tradução e notas de Flávio Gonçalves bem como o promptcraft das ilustrações.

***

APOIA O NOSSO PROJECTO

Cada texto traduzido, cada artigo escrito e cada linha editada é um passo para preservar e partilhar conhecimentos de grande valor e utilidade para pessoas que queiram preparar-se para viver de forma autónoma e autossuficiente. Seja no nosso portal, no nosso canal, na participação em eventos ou na edição de livros e revistas, na Prontidão & Sobrevivência dedicamo-nos com paixão a trazer conteúdos únicos, acessíveis e cuidadosamente trabalhados a todos os nossos leitores e seguidores.

Mas este trabalho só é possível com o teu apoio. Se aprecias o que fazemos e queres ajudar-nos a continuar a criar, traduzir e partilhar, pondera fazer um donativo. Cada contributo, por mais pequeno que seja, ajuda-nos a manter este projecto vivo e a produzir textos de alta qualidade, seja na edição de livros ou na actualização deste portal e das nossas redes sociais.

🌟 Junta-te a nós nesta missão! 🌟

Obrigado por apoiares a nossa paixão pelo conhecimento e pela liberdade!